Especialistas e estudantes das áreas de Comunicação e Ciências da Computação falaram sobre o caso Wikileaks na manhã de ontem (10), em entrevista via-email ao Turma da Mônica. Entre críticas negativas e positivas, os entrevistados concordaram em um ponto: a Wikileaks serve como denúncia de casos e documentos secretos relacionados aos governos de diversas partes do globo.
Entre os entrevistados estavam Jamil Marques, Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Rudy Matela, Mestrando em Ciências da Computação pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), Levi Scott*, americano residente do Brasil, bacharel em Administração, e o estudante Paulo Sena, do 3º semestre de Comunicação Social da UFC.
Levi Scott* mora no Brasil há um ano e discorreu acerca do caso no que diz respeito aos EUA. Segundo ele, o website não vai de encontro à liberdade de imprensa. "O problema é que o Wikileaks mancha a imagem da nação estadunidense, revelando segredos que o governo quer manter longe da população.". "O governo dos EUA tentou e fez o máximo que pôde para fechar o Wikileaks. Eles têm tentado tirar o site do ar, mas foram mal sucedidos.", explica Levi.
"O governo também colocou pressão sobre outras empresas que faziam negócios com o Wikileaks: ou cortavam os laços com eles (Wikileaks) ou sofriam as conseqüências. De uma certa maneira, eles foram bem sucedidos.", analisa Levi. Quando perguntado sobre o destino do fundador do site, Julian Assange, Levi afirmou: "Ele está na cadeia, muito embora eu ache que ele vá ser assassinado.".
"O governo também colocou pressão sobre outras empresas que faziam negócios com o Wikileaks: ou cortavam os laços com eles (Wikileaks) ou sofriam as conseqüências. De uma certa maneira, eles foram bem sucedidos.", analisa Levi. Quando perguntado sobre o destino do fundador do site, Julian Assange, Levi afirmou: "Ele está na cadeia, muito embora eu ache que ele vá ser assassinado.".
Jamil Marques afirma que não é bom fazer generalizações quanto a este caso. "No meu entender, há casos em que o segredo de Estado deve ser preservado, até mesmo para o bem das sociedades. Entretanto, determinadas situações de abuso de poder precisam, sim, serem expostas ao público.".
Paulo Sena, interessado na área de Tecnologia, também opinou sobre o caso. Pra ele, 'casos Wikileaks' isolados sempre existiram. "Como jornais tem acesso a essas informações? Da mesma maneira que o Wikileaks também tem acesso. São informações vazadas por terceiros que tem interesses sobre os desdobramentos que a divulgação desse tipo de informação pode gerar.", explica Paulo. "Já que eles apuram as informações antes de divulgá-las, acredito que eles podem estar prestando um grande serviço à sociedade.", opina.
Jamil Marques atua nas áreas de Jornalismo, Comunicação, Política e Tecnologia, examinando os seguintes temas: teoria democrática, deliberação pública, participação política, governo eletrônico, ciberdemocracia e demais aspectos relacionados aos new media.
Twitter: @marquesjamil
Lattes
Paulo Sena é estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará e tem interesse nas áreas de Tecnologia, Internet, Cybercultura e New Media.
Twitter: @paulosena
* Nome trocado para proteger a identidade do entrevistado
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